Crítica de Trailer. Elis & Tom Só Tinha Que Ser Você

     Ela era agressiva e competitiva. Arrumou encrenca com muita gente. Ele era mais de boa, mas também tinha um belo ego. Na década de 70, produtores reuniram os dois para a produção de um disco. Apesar dos inevitáveis conflitos, o trabalho acabou como obra-prima, como era de se espera de dois gênios. O filme é bom? Não sei. Eu faço apenas a crítica do trailer. O trailer e bom. rsrs.


 

     A reunião de Elis e Tom me lembra da reunião de Piazzolla com Jorge Luis Borges, em 1965. A convite do músico, o grande escritor e poeta aceitou uma dobradinha. Mas o pau começou a comer no estúdio. Borges era chato, tinha uma visão especial de tango, que achava música alegre. Acusou Piazzolla de ter transformado bons textos seus em amargor. Ego x ego? O velho intelectual tinha suas razões. O músico era de talento mundialmente reconhecido. Mas as canções, apesar da expectativa gerada pela união de dois gênios, ficaram mesmo sem muito sabor. Ao contrário de Elis & Tom, cujo conflito não diminuiu o trabalho.

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